humanos demasiados humanos

Recém-saídos de cavernas,
Nada vêem ainda sob a luz.
Atormentados com o sol,
Desviados, de si mesmos,
Na rota estéril do dia-a-dia.
Vão todos como rebanhos
Guiados pelo estigma da agonia.
Depois da labuta, não mais lutas.
Contentam-se em afagar, indiferentes,
As faces rubras e em febre da noite.

(a William Blake-Alberto Marsicano)